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17 de outubro de 2010

Namibe, o Deserto


ciclo do Mar
série Entre o Deserto e o Mar
Acrílico s/ tela
adicionais  areia fina
aplicações  tinta acrílica ressequida
50x100
ano de produção  2009


Estão aqui representados os ícones naturais do Namibe, província sulangolana:

1. (esquerda) o Oceano Atlântico, o Cabo Negro e a Welwitschia – em vista aérea.
O Atlântico, nesta região influenciado pela corrente fria de Benguela, é uma fonte de riqueza inesgotável, assim os homens saibam explorá-lo com a sustentabilidade necessária.
O Cabo Negro é um ícone histórico: aqui Diogo Cão implantou o 5º Padrão em 1485.
A Welwitschia mirabilis, planta descoberta pelo botânico austríaco Frederico Welwitsch no séc. XIX e género único no Reino Vegetal, é um ex-líbris da região e o seu nome gentílico, Tombwa, foi adoptado como nova toponímia da cidade outrora denominada Porto Alexandre, até 1975 um dos maiores portos de pesca de África, se não o maior em termos de volume de pescado.

2. (centro inferior) As dunas, a face feiticeira do deserto.
A sombra projectada na duna maior é de um pastor Mukubal, povo intimamente ligado ao deserto do Namibe.

3. (centro superior) A Espinheira, o Olongo e o Azul.
A Espinheira (Acacia spp.), à primeira vista um espécime vegetal de fracos recursos é, no entanto, uma árvore ou arbusto arbóreo de importância capital para o homem e a fauna selvagem.
O Olongo (Tragelaphus strepsiceros) é característico pelas 6 a 10 listas verticais brancas, traçadas nos flancos e pelos chifres do macho, com 1,5m de comprimento e dos mais belos da tribo, espiralados e soberbos nas suas quatro volutas.
A mancha Azul tanto pode representar o céu sempre límpido do Namibe como as águas da Lagoa dos Arcos do Carvalhão, autentico milagre da Natureza em pleno deserto.

4.  (direita) Três espécimes da fauna da região: o Burro-do-mato, a Avestruz e o Cachucho.
Quando apreciamos uma fotografia ou um desenho de uma Quaga ou Burro-do-mato (Equus quaga), hoje as únicas formas de a observarmos por estar extinta desde 1894 1, lembra-nos uma zebra incompleta, um cruzamento entre zebra e cavalo ou entre zebra e jumento. Era, no entanto, uma bela e única espécie da família dos equídeos que a estupidez humana condenou à extinção.
 A Avestruz (Struthio camelus) e a sua capacidade única de sobrevivência no deserto representa o Parque Nacional do Iona, o maior parque natural de Angola com uma área superior a 15.150 km2.
O Cachucho (Dentex macrophthalmus) lembra a esplêndida fauna marinha e a maior riqueza do Namibe, a pesca.

4.  (direita) Três espécimes da fauna da região: o Burro-do-mato, a Avestruz e o Cachucho.
Quando apreciamos uma fotografia ou um desenho de uma Quaga ou Burro-do-mato (Equus quaga), hoje as únicas formas de a observarmos por estar extinta desde 1894, lembra-nos uma zebra incompleta, um cruzamento entre zebra e cavalo ou entre zebra e jumento. Era, no entanto, uma bela e única espécie da família dos equídeos que a estupidez humana condenou à extinção.
 A Avestruz (Struthio camelus) e a sua capacidade única de sobrevivência no deserto representa o Parque Nacional do Iona, o maior parque natural de Angola com uma área superior a 15.150 km2.
O Cachucho (Dentex macrophthalmus) lembra a esplêndida fauna marinha e a maior riqueza do Namibe, a pesca.


1. Há quem garanta, no entanto, que ainda podia ser vista, nas margens do Cunene, para lá de meados do século passado. A verdade é que eu, que nasci em meados desse século, ouvi falar do burro-do-mato bastantes vezes.

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